Quando os pés se enfiam na areia fofa da praia, as ondas veem com uma força de restauração e me sacodem para o dentro de onde ainda é o melhor lugar de se ficar.
É o mar que me lava, de ontem, de hoje, estrada aberta onde o meu olhar se prepara para enfrentar enquanto os acostamento, antigo perigo me aborda em uma tarde em que o meu corpo quer dormir mas a minha mente não consegue parar.
Tudo em mim é metade, vontade, palavra que se deita em minha pele fazendo ondulações e possíveis contatos. E se eu escrevo essa canção me inscrevo na pele dele, com todas as placas de pare, é proibido estacionar ai, mas eu continuo diminuindo a velocidade com medo de em pleno voo abortar a intimidade das asas abertas.
Açaí.
Mar alto onde o meu corpo pede um tempo antes que a próxima cena me domine e me deixe completamente refem do papel que o destino escolheu para mim. Sou mais que isso, na frente do espelho brigando com as marcas na pele e as histórias escritas em braile minuciosamente e tão delicamente que se ele me tocar, saberá dos meus medos e segredos.
A porta aberta.
A saliva secou a espera de outra boca, a que eu quero e a dona do beijo, o que nunca dei, e o que arde em mim como promessa de risos e gemidos em outra dimensão de esperas.
vou ali deitar o cansaço e volto, porque o que sou está transcrito, decifrado e nunca oculto, capaz de ser manual de esperanças incompletas,.
25 comentários:
É pra vc, anjo.
Palavras creio serem desnecessárias...para expressar a beleza do teu verbo...então se proclama...liga os luminosos que estão por dentro e transforma o teu tudo....abre espaços...deixa a porta aberta....deixa a noite alterar os teus sentidos...já que teu verbo e os dias não são amigos muito intimos...e assim quem sabe pelas tuas portas abertas entrem ventos fortes...ou nesse momento até uma brisa suave já alivia.
Diante da grandeza e da pureza do teu verbo...te descobrindo nos traços escondidos ...vou deslizando meus dedos na tua escrita e decifrando o teu livro...juntando os teus pedaços e armazenando colas imaginárias... para tentar recompor os teus caquinhos espalhados pelo chão...
Me curvo diante da beleza do teu verbo...me reescrevo na imensidão dos teus versos...e ainda sinto o aroma da tua pele em forma de poesia...será que devo pintar minhas asas prá colorir o teu cinza?
Grato...vou guardar na minha história.
As palavras só sobram quando a pele está perto. Mas quando ela falta, há q se vestir delas, escritas, tonalizadas, sussurradas para se pedir ao outro a vida. A palavra nos veste é bem verdade, e o verbo, nos dá a vida para que possamos ser mais que os rituais da superfície. Nunca sei como entender os ritos da superfície quando o meu tempo é dentro e a minha intensidade é quando. caiu da cama, anjo?
Vais precisar de tubos de cola. Tubos imensos, mas só a saliva reconstroi o que foi perdido.
No 3 coment:
Não... a cor é o que menos importa, anjo pq a poesia se esconde exatamente onde o colorido é ausência de todas as cores. Vem aqui, mais perto, anjo. Eu nem mordo, aparentemente.
Rsrsrs...cai da cama sim....o sentimento transbordou e fez com que o dia me puxasse pelas mãos...então cá estou...a dividir contigo tuas ausências...e a decifrar teus gritos espalhados pelo chão.
Tem muito grito pelo chão como uma árvore frondosa que derramas suas folhas ao amanhecer o dia... tem tempo para colher as rosas?
É nesse mar perdido dentro da boca que encontramos num cantinho qualquer a palavra certa para preencher o coração do vazio...aquele vazio que insiste em não querer sair...que tal tirá-lo à força.
do que precisas? as vezes para algumas limpezas, precisamos de armas pesadas, para outras, basta o querer, e elas vão sumindo na paisagem. Vc é dono do seu sim e do seu não, vc é anjo. ordene e o seu destino será seu.
As aparência nem sempre revelam o que vai na alma....e o que se esconde no teu dentro...é o teu tudo...é a essência que te tempera...e deixa com um gosto apimentado que esquenta o paladar...será que não morde mesmo??as dúvidas me consomem.....
Dê-me sua mão. Estou contigo. Limpo a sala, te ajudo com os móveis, mas logo te aviso, a porta fica aberta... para que nenhum de nós se sinta preso. porque o que mata é a prisão das gaiolas. mas n se assuste. como eu disse no outro blog e em outro post, o que prende não é a gaiola, é a porta aberta. nunca vamos quando nos sentimos bem em ficar.
(rindo aqui) claro que mordo. os dentes afiados são para provar o seu gosto. todos somos de um vampirismo quase incontrolado. mas se a minha porta fica aberta, sinal que vc fica se gostar da mordida... a decisão é sua. se és um anjo, sabes a essencia do que te trouxe aqui e o que te faz ficar até agora.
acenando em vc...
me dê um sinal, anjo. só um.
Eu colho rosas todos os dias...às vezes me machuco um pouco com os espinhos...mais o perfume e a beleza que encontro...faz valer a pena....serei eu no dentro um jardineiro????...sei plantar sementes tb....
Eu vejo o aceno....minha mão tb vê e inveja....
Não gosto de ordenar....deixo nas mãos celestias e apenas ajudo um pouco para que o destino se cumpra...tb não gosto de amarras...nem de correntes pesadas...quando fico é pq a porta é aberta...e isso se maturidade...é a vontade de ser...de querer e de estar....encontrei abrigo e pronto...o restoa gente vai preenchendo nas folhas que ainda estão em branco.
Corrigindo( isso se chama maturidade )...
Se fico é porque encontrei abrigo...porta aberta...café quente...e se ousar um pouco mais...até um bom vinho....e sou sim dono do meu querer...e quero.. o meu hoje se traduz em eu estou aqui...esperando a mordida!
Comentário 1.
Esperei o jardineiro o dia inteiro, porque a alma se recompõe em tuas palavras. E se arde aqui, é q a semente se acostumou a abraçar a terra. E a cada aparição sua, anjo, a palavra tomará novos rumos e se vestirá para a festa que o dentro faz na tua presença...
eu aceno. como uma louca q no meio da multidão levanta os braços para alguém que nem sabe quem é. se vc vê... eu sorrio. e recolho a tristeza.
se vc entrou é pq sabe q não ferrolhos e nem portas. mas o cheiro de sua pele se mistura ao café quentinho e nesse dia de chuva e frio, o vinho esperando na mesa. sente-se, fique. não vá;
Postar um comentário